BRASIL – PRODUÇÃO DE ENERGIA POR FONTES RENOVÁVEIS

BRASIL É 4º PAÍS NO MUNDO EM
PRODUÇÃO DE ENERGIA POR FONTES RENOVÁVEIS

Matéria publicada por Portal Brasil, 19-01-2016. IHU, 20/01/2016

As nações que realizaram um avanço superior ao Brasil em 2014 foram a China (23.149 megawatts), Alemanha (6.184 megawatts) e Estados Unidos (4.854 megawatts).
No mesmo período, o Brasil teve uma expansão de potência instalada de 2.686 megawatts (MW).

Vantagens – Uma das grandes vantagens da matriz energética brasileira é a disponibilidade de várias fontes limpas e renováveis para geração de energia elétrica. Diversos outros países não possuem recursos naturais e precisam recorrer a termelétricas para garantir o suprimento.

O avanço do setor eólico, segundo especialistas, vai representar uma energia complementar interessante para o Brasil, que hoje tem sua base de geração de energia no sistema hidráulico.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirma que há um casamento das condições eólicas e hidrelétricas no Brasil. O período de seca no Nordeste, onde se encontram aproximadamente 80% dos parques eólicos, coincide com o período chuvoso nas regiões Sul e Sudeste, onde estão os principais reservatórios de usinas hidrelétricas. “Quando tem vento, você pode estocar água no reservatório. Quando tem menos vento, usa aquela água estocada para gerar energia elétrica. Nos países europeus, por exemplo, quando não tem vento, tem de ligar uma termelétrica. Aqui nós temos duas fontes limpas, e uma se complementa a outra. O Brasil realmente é um país afortunado, por ter fontes renováveis que se complementam entre si”, explica Tolmasquim.

Avanços tecnológicos – Segundo o presidente da EPE, a tecnologia de geração eólica deu um grande salto nos últimos anos. “Osaerogeradores, que antigamente eram de 50 metros de altura, hoje têm mais de 120 metros. Você aumentou muito o tamanho da pá, aumentou a potência de cada um deles”, afirma.

Os parques geradores maiores permitem acelerar a produção de energia eólica, devido a uma característica dos ventos brasileiros: eles são mais constantes que em outros países. “Tudo isso faz com que você tenha hoje, na energia eólica, uma das fontes mais competitivas do Brasil, depois da hidrelétrica”, destaca Tolmasquim.

A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, diz que a tecnologia atual de geração de eletricidade a partir dos ventos é recente e que ainda há uma margem de crescimento. “Houve um grande salto tecnológico nos últimos cinco ou seis anos e, por isso, o custo de produção se tornou mais competitivo”, avalia.

O maior potencial de expansão atualmente se encontra no interior do Nordeste, especialmente no semiárido brasileiro. Mas o Brasil começa a sinalizar uma possível oportunidade também para a microgeração. Depois de promover ajustes na regulação da chamada geração distribuída (aquela em que os consumidores podem produzir eletricidade nas próprias residências), o País abriu as portas para a produção individual eólica e solar. “Os microaerogeradores podem ser instalados em grandes centros, nas residências, desde que tenha ventos superiores a dois metros por segundo. Isso temos praticamente em todo o País”, destaca Elbia. O maior entrave é o custo para investimento inicial, que só permite um retorno após alguns anos.

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Colaboração de Ir.Antonietta Abreu, RSCM