DIA 6. Às vezes nota-se a obsessão de negar qualquer preeminência à pessoa humana, conduzindo-se uma luta em prol das outras espécies que não se vê na hora de defender igual dignidade entre os seres humanos. Devemos, certamente, ter a preocupação de que os outros seres vivos não sejam tratados de forma irresponsável, mas deveriam indignar-nos sobretudo as enormes desigualdades que existem entre nós, porque continuamos a tolerar que alguns se considerem mais dignos do que outros. […] Na prática, continuamos a admitir que alguns se sintam mais humanos que outros, como se tivessem nascido com maiores direitos. (n. 90)
Senhor, os pobres e a terra estão bradando:
toma-nos sob o teu poder e a tua luz,
para protegermos cada vida, para preparar um futuro melhor,
a fim de que venha o vosso Reino de justiça, de paz, de amor e beleza.
Louvado sejas!
DIA 7. Para nada serviria descrever os sintomas, se não reconhecêssemos a raiz humana da crise ecológica. Há um modo desordenado de conceber a vida e a ação do ser humano, que contradiz a realidade até ao ponto de a arruinar. Não poderemos deter-nos a pensar nisto mesmo? Proponho, pois, que nos concentremos no paradigma tecnocrático dominante e no lugar que ocupa nele o ser humano e a sua ação no mundo. (n. 101)
Espírito Santo, com a tua luz,
guias este mundo para o amor do Pai
e acompanhas o gemido da criação.
Ajuda-nos a parar e refletir
sobre o lugar que o ser humano ocupa
no paradigma tecnológico hoje dominante.
Ir. Judith Caliman, rscm