Aconteceram ao longo de junho, atividades em referência ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, realizadas pela equipe de educadoras sociais do Projeto Vida e pela orientadora social do CRAS-Vila Casal.
Os momentos foram marcados com muita reflexão acerca de como a pandemia, nesses dois anos, agravou a situação de nossas crianças no país, pois muitas famílias, em situação de risco e vulnerabilidade social, acreditaram que as crianças eram imunes à Covid-19, e estas foram mais sujeitadas ao trabalho infantil. Já havia muitos desafios consideráveis para proteção dos direitos de crianças e adolescentes, especialmente para eliminação do trabalho infantil. Entretanto, o impacto socioeconômico da pandemia evidenciou e aprofundou as desigualdades sociais existentes e potencializaram as vulnerabilidades de muitas famílias brasileiras. Fato este que torna ainda mais necessário combater este crime contra as crianças e adolescentes, através da conscientização, acreditando que a principal arma contra o trabalho infantil é a intensa sensibilização social.
As crianças e os adolescentes puderam se inteirar ainda mais sobre o assunto, através de pesquisas, consultas ao Estatuto da Criança e Adolescente, orientações e dinâmicas. Ficou evidenciado que o trabalho infantil é uma violação dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes à vida, à saúde, à educação, ao brincar, ao lazer, à formação profissional e à convivência familiar. Ressaltando, ainda, que todas as formas de trabalho infantil são proibidas para crianças e adolescentes com menos de 16 anos de idade (Art. 7º, inciso XXXIII da Constituição Federal de 1988). A única exceção é a Aprendizagem Profissional, a partir dos 14 anos.
A orientadora social do CRAS, além de atividade lúdica realizada sobre o assunto, distribuiu para as crianças e os adolescentes uma cartilha contendo informações, caça palavras e palavras cruzadas, para exercitarem os conhecimentos adquiridos.
Como culminância, os atendidos construíram o símbolo da Campanha, o cata-vento colorido, onde puderam brincar e exercer seus direitos de ser crianças.
Camila Gumier – Coordenadora de Projeto Social
Gláucia Vaz – Educadora Social