Tradicionalmente, as Estações da Cruz, a tradicional VIA SACRA COM JESUS, tem concentrado frequentemente sobre o sofrimento e morte da pessoa de Jesus. Mas, a partir do Vaticano II, o sofrimento e morte de Jesus são vistos mais claramente como sofrimento e morte do mundo, que continua na nossa história e na nossa presença no mundo. A cruz não é pessoal, ela é universal e comum. A cruz abarca o sofrimento e a morte do inocente, dos condenados injustamente, dos que se põem do lado dos pobres, dos que lutam por justiça, os que padecem -desnecessária e violentamente – nas guerras, na fome, na seca, nas prisões, nas nações divididas e dilaceradas. Como discípulos(as), somos exortados a esquecer de nós mesmos, tomar nossa cruz e seguir nas pegadas de Jesus. “Somos chamados a assumir o mundo e suas injustiças, suas mortes e, como Jesus, assumir no nosso próprio corpo e alma a morte do mundo.
Nosso batismo planta a semente da ressurreição nos nossos corpos, agora, na história, neste mundo. Somos selados com o sinal da Cruz – nosso poder para transformar o mundo e revelar a glória do Cristo. À luz desta profunda compreensão do mistério e do poder da crucifixão e da morte, estas Estações da Via Sacra sejam dedicadas ao povo crucificado da terra, que anuncia em sua morte a ressurreição de todos. FAZEMOS MEMÓRIA DAQUELES E DAQUELAS PESSOAS, CUJAS VOZES DE ESPERANÇA, DE JUSTIÇA E PAZ ESTÃO PRESENTES NO MEIO DE NÓS.
Colaboração de Ir.Rosinha,RSCM