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Celebrando o dia do migrante- 27 de setembro

Rede CLAMOR Brasil: Articulação do trabalho eclesial com migrantes, refugiados e vítimas de tráfico humano

O QUE É?

Rede CLAMOR, que está ligada ao Conselho Episcopal Latino-Americano – CELAM, podendo ser definida, segundo o Padre Agnaldo Júnior, diretor nacional do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, como “um espaço de articulação de serviços que a Igreja católica tem atuando na área da migração, do refúgio e do enfrentamento ao tráfico de pessoas, uma rede de redes”. Essa rede, segundo o jesuíta, está formada pelos departamentos de mobilidade humana de cada Conferência Episcopal, pela Cáritas, que em todos os países atua de alguma forma com esses coletivos de migrantes e refugiados e alguma atenção ao enfrentamento ao tráfico, assim como congregações religiosas, que por carisma, ou por estarem no tema já alguns anos, atuam nesta área: scalabrinianos, scalabrinianas, jesuítas, franciscanos, também algumas irmãs representando a CRB ou a Rede um Grito pela Vida. Junto com isso, as redes de enfrentamento ao tráfico no continente latino-americano e caribenho, a Rede um Grito pela Vida, no Brasil, a Rede Kawsay e a Rede Tamar.

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CRIAÇÃO E ARTICULAÇÃO

A criação e articulação da Rede CLAMOR no Brasil é de fundamental importância, afirma a irmã Rose Bertoldo, da Rede um Grito pela Vida, “principalmente neste momento histórico em que vivemos, ela tem como proposição articular as forças entre as redes que já existem, entre as instituições que trabalham com migrantes, refugiados e vítimas do tráfico de pessoas”. Essa é uma ideia partilhada pela irmã Rosita Milesi, quem destaca que a rede “se propõe estimular e favorecer um espaço de articulação das instituições e serviços voltados a migrantes, refugiados e vítimas de tráfico humano”.

QUE COMPROMISSO TEM A REDE?

Nesse sentido, a Rede CLAMOR afirma que “estamos comprometidos com as orientações que, em matéria de ação pastoral com migrantes, refugiados e atenção a vítimas do tráfico humano, o Papa Francisco apresenta, através da seção específica para estas pessoas em mobilidade do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral: acolher, proteger, promover e integrar”. Nessa perspectiva, o Padre Agnaldo Júnior insiste em que “é uma realidade que a Igreja não pode ficar indiferente, e, é mais, temos um Papa extremamente identificado, sensibilizado, propulsor de uma ação eficaz, operativa da Igreja junto aos irmãos e irmãs”. É por isso que, em palavras do jesuíta, desde a Rede CLAMOR, “queremos fazer eco de todo o esforço que o Papa Francisco está fazendo desde Roma, como gesto também simbólico, profético, prático, de envolver toda a Igreja. Não é tarefa de alguns, é missão de toda a Igreja olhar essa realidade, cuidar esses nossos irmãos”.

IMPORTÂNCIA DA REDE

Rede CLAMOR, ela é importante, afirma Rose Bertoldo, “porque além de articular as forças em nível do Brasil, também a gente fortalece essa articulação em rede a nível de América Latina e Caribe, uma vez que os grandes fluxos migratórios se dão entre esses países”. Nesse trabalho efetivo, a religiosa do Imaculado Coração de Maria destaca “o papel da CRB, com a representação da Rede um Grito pela Vida, mas também enquanto instituição CRB, e da CNBB, que também é uma parceira nesse trabalho junto com a Comissão de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”.

JUNTOS SOMOS MAIS!

Por isso, o Padre Agnaldo Júnior, insiste em que a criação da Rede CLAMOR no Brasil, vai “nos empoderar mais nas nossas ações, porque juntos somos mais fortes, e também para podermos pensar atividades comuns que possamos fazer não como organizações separadas, fragmentadas, senão como rede no Brasil, realmente, e dar visibilidade à ação da Igreja nessas áreas descritas anteriormente”.

                        Contribuição de Ir. Rosinha, RSCM