A TECELÃ
Sobre o peito o infinito vago
costurado em linhas finas de seda
Tecelã aprendiz no ofício
com vagar minhas mãos tecem,
fio a fio,
cautelosas, mas precisas
Se o ponto erro
não desencanto
apenas o desfaço e
novamente busco o passo,
o compasso, o ritmo
Tecendo, tecendo, tecendo
ritmados movimentos
nos pentes do tear
para frente
para trás
para frente
para trás
A trama da vida
nos fios
a teia de ilusões
nas mãos que se entrelaçam
ponto a ponto
Com afinco, com dedicação
construindo a trama como fiandeira,
delicadamente, como se fosse a última
como se fosse apenas a primeira.
Ianê Mello / Bogdan Prystrom / Edição Leo Zaqueu
Ir. Ana Helena Andreão – 23 de junho de 2022
Encaminho pela Festa do Coração de Maria a minha tecelã de JPIC
Abraços renovados nos votos que nos consagram como irmãs e Irmãs da Humanidade.