Em 2013 recebemos um grande desafio de participar do projeto Missão Católica que o Regional Sul 2 da CNBB (Paraná) mantém em Quebo, diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, África. A nossa tarefa consistia em ajudar a construir um poço para as necessidades daquela missão. Para isso precisávamos motivar as crianças da Infância e Adolescência Missionária (IAM) da nossa diocese de Maringá (PR) a fazerem um gesto por meio da oração e doação, tornando Jesus conhecido e amado. Nosso coração muito se alegrou ao recebermos o material de divulgação do projeto. Primeiramente percorremos as paróquias que já possuíam grupos de IAM para apresentar o material e aderir à campanha. Na medida em que íamos divulgando, sentíamos que as crianças da catequese também deveriam participar, assim como as pastorais, movimentos, grupos de famílias, de jovens e a Escola de Teologia. Apresentamos um vídeo sobre a realidade da diocese de Bafatá e falamos sobre a quantidade de missionários doando suas vidas em prol de toda aquela gente, em sua maioria muçulmanos.
A referida campanha foi realizada em todo o estado do Paraná e envolveu 35 mil crianças da IAM e da catequese. Foram confeccionados 15 mil pequenos poços de papel que eram trocados pela oferta. O valor arrecadado foi cerca de R$ 45.000,00 que serviu para a abertura de dois poços na missão de Quebo.
Quando encontramos com Jesus tudo muda na nossa vida e essa alegria não pode ficar somente para nós, mas precisa ser anunciada, compartilhada. Na cidade de Quebo há muitos jovens, crianças e casais que estão sedentos de conhecer a Boa Nova, ansiosos para formar comunidade. O projeto inclui uma escola, a igreja e um hospital. A nossa doação para a perfuração do poço foi apenas uma gotinha nesse imenso oceano, mas o gesto tocou o coração de todos. Nossa alegria é saber que eles poderão fazer parte da comunidade cristã na missão por meio das nossas pequenas atitudes. Nós podemos colocá-los sempre em nossas orações, pois a missão não tem fronteiras.
O bispo brasileiro de Bafatá, dom Pedro Zili, PIME, um dia falou: “cada pessoa que vem para Guiné-Bissau deixa a sua contribuição, e se você plan- 25 tou uma flor, ela irá contribuir para formar um lindo jardim e alegrar o ambiente das pessoas. Depois que você veio, a Guiné-Bissau melhorou no coração de Deus, você ofereceu sua vida, a beleza de uma alma missionária”. Por meio dos poços que ajudamos a fazer, acreditamos, pela fé, que nós também fomos com todas as crianças da IAM para Guiné-Bissau. Assim, conseguimos florir um pouco mais aquele jardim aos olhos e ao coração de Deus.
Silvia Cristina Bispo Correia, coordenadora da IAM na paróquia Nossa Senhora Guadalupe, diocese de Maringá (PR).