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Seminário Nacional de População em Situação de Rua – 15-17/6/2018

Mais de cem agentes de pastoral e lideranças da população em situação de rua de várias cidades do Brasil estiveram reunidos de 15 a 17 de junho de 2018, em Recife, para a 3ª Assembléia da Pastoral Nacional do Povo da Rua. O encontro buscou fortalecer o trabalho dos grupos que atuam na luta pela dignidade desta população e traçar metas de atuação para próximos três anos.

A Pastoral do Povo em Situação de Rua tem como missão ser presença junto à população em situação de rua e dos lixões, reconhecer e celebrar os sinais de Deus presentes na sua história e desenvolver ações que transformem a situação de exclusão em projetos de vida para todos. Garantir a dignidade da População em Situação de Rua por meio da garantia dos seus direitos é o sonho, missão e tarefa da Pastoral. O tema da 3ª. Assembléia Nacional teve como enfoque a luta por dignidade e moradia, expresso pelo lema “Meu povo habitará em moradia digna, lugar seguro e viverá com a justiça e na paz” (Is, 32). 

Eu participei como convidada por Cristina Bove e também por representar a SCCE que tem apoiado muito esse trabalho da População em situação de rua. Gostei muito de ter participado e conhecer melhor essa realidade e sofrimento destas pessoas. Vivemos numa sociedade em que as relações de mercado individualizam os interesses e não prioriza o bem estar comum. O povo de rua é excluído dessa sociedade que o rotula como perigosos, drogados, que  roubam, assaltam, sujam, não gostam de trabalhar e estão na rua porque querem. Como eles disseram: ninguém escolhe viver nas intempéries da rua sem lugar para banho, fazer suas necessidades, correr perigo de vida e não ter comida…   Querem reconhecimento e visibilidade social. Lutar por direito à moradia para a população em situação de rua é caminhar para superar o estigma que mascara situações sociais de exclusão. 

A missão de Jesus que deve ser continuada por nós é a realização do reinado de Deus, cuja  característica mais importante é a justiça aos pobres, ao órfão, à viúva e ao estrangeiro- símbolo dos marginalizados.

Ir. Helena Pin, rscm