Pensando sempre, na defesa dos direitos, principalmente o direito à vida, trabalhou-se a temática “Dia Nacional da Luta da População em Situação de Rua”, mostrando às crianças e adolescentes que são várias as causas que levam uma pessoa a viver nessa condição. Alguns dos fatores motivadores são: falta de trabalho, de moradia e renda, impacto social, uso e abuso de substâncias ilícitas, alcoolismo, rompimento dos vínculos familiares, doenças mentais, perda de bens materiais, além de desastres naturais, como: enchentes, incêndios, entre outros. Fatores que os tornam “invisíveis” na sociedade. Tomou-se como base o caso da casa que queimou no bairro, onde a família passou algumas noites na rua, mas, com o auxílio das políticas públicas, foram amparados. O fato serviu de exemplo, na questão de conhecer os seus direitos e de buscá-los.
Foi lembrado, ainda, que a data marca as reivindicações de uma classe sofrida pela falta de direitos e cidadania. Recordando o “Massacre da Sé”, quando, no dia 19/08 de 2004, na Praça da Sé, na região central da capital paulista, onde sete pessoas foram assassinadas e oito ficaram gravemente feridas, enquanto dormiam em via pública.
As crianças e adolescentes foram levados a refletir que a existência de pessoas em situação de rua é fruto de uma profunda desigualdade social, existente em nosso país, e que, na maioria das vezes, as estatísticas mostram que a procura de novas oportunidades as levam para os grandes centros e, sem sucesso, vão para as ruas, praças, viadutos, enfim, para onde lhes pareça ser seguro.
Gláucia Vaz – educadora social