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Partilha sobre o Projeto Pamuhancha – Zimbábue/África

Zimbábue-África – Junho de 2017

Recebemos, durante este domingo de Pentecostes, os dons do Espírito Santo e junto deles a responsabilidade de partilhar e reconhecer com gratidão os dons que temos e percebemos nos nossos irmãos/irmãs.

Durante este pouco tempo que estou nestas terras, já recebi muitos dons. Hoje desejo partilhar um, em especial, o Projeto Pamuhancha.

No Pamuhancha, acompanhamos crianças em situação de risco (violência doméstica ou abuso sexual), crianças portadoras de HIV e grupos de garotas, na prevenção a gravidez precoce e DST (doenças sexualmente transmitida).

Também temos um grupo especial com foco na prevenção de casamentos de menores.

Nos últimos dias de maio, estávamos numa correria “tremenda” para preparar dois dias de encontro para 80 garotas, que compõem os grupos de prevenção em diferentes localidades. Os grupos são conhecidos como “Girl rising club“.

Mesmo com o pouco inglês e quase nada de shona pude dar minha colaboração, partilhando um pouco dos nossos dons brasileiros.

Durante o dia, uma das programações era resgatar a infância das garotas com brincadeiras que as ajudassem  a sentir e entender que este tempo é muito especial.

Agora não é tempo de ser mãe ou esposa, apenas criança e/ou jovem. Vivenciamos algumas brincadeiras como corrida do ovo na colher, corrida do saco, encher o litro de água, música, dança, teatro, dentre outras coisas… Foi muito especial!

Uma representante de cada região deu seu testemunho de como o projeto tem mudado a vida dela e das colegas e, por fim, partilharam os frutos concretos de cada encontro: lindos tapetes, calcinhas, sapatinhos e toquinhas de criança, tiara de cabelo. Tudo costurado por elas pela mão.

Após algumas palestras curtas, as garotas terminaram o dia preparando-se para a discoteca Girl rising club. Infelizmente não pude ficar para participar, mas recebi alguns retornos que foram muito positivo para elas.

Se alguém ainda tem dúvida dos dons do Espírito Santo, olhe um pouquinho mais fundo e veja que Deus é muito bom.

Foi isso que senti em cada uma das garotas e das voluntárias que as acompanham.

Aélita Otávia da Silva, rscm