De longe, na terra do sol nascente!

Agradecemos a Deus e saudamos vocês, nossas queridas irmãs!

Bom dia! Dia’ak ka lae?(como vai você?)

Há’u  diak! Obrigadu! (Eu estou bem, obrigado!).

Os timorenses são muito sorridentes e acolhedores.

Mesmo não sabendo falar português, dão um lindo sorriso e às vezes falam “não sei falar português”.

Chegamos a Timor no dia 30 de janeiro e dormimos na casa da Mana Lina, uma senhora que coordena uma casa de jovens chamada “Amigos de Jesus”. Na segunda feira fomos fazer compras de alimentação e, às 11horas, pegamos a estrada com o jovem Manuel. Foram mais ou menos 5 horas de viagem, Manuel conhece bem a estrada e, nas curvas, ele buzina para avisar outro motorista, pois as curvas são muito fechadas.

Chegamos com uma chuva bem forte, o que levou a eletricidade. Mas agradecemos a Deus e ao Sagrado Coração de Maria toda essa viagem de Lisboa a Zumalai sem contaminações, com saúde e disposição. Experimentamos a força da oração das Áreas de Portugal, Brasil e todo o nosso Instituto! Somos gratas a vocês. Celebramos esta chegada com um delicioso bolo que ficou congelado e estava muito bom.

No domingo, dia 06 de fevereiro, fui apresentada na celebração da paróquia e vestida com o Taís – é o tecido tradicional de Timor-Leste, utilizado como parte do vestuário. É tecido artesanalmente por mulheres, em teares de madeira, a partir de fios de algodão e depois tingidos com corantes naturais e sintéticos. Os padrões e os motivos são originalmente tradicionais, de diversas cores e ostentam interessantes desenhos geométricos, com diversos animais: crocodilos, pássaros, galos, peixes e elementos da natureza, compostos por folhas e plantas.

Os Taís desempenham um papel importante na cultura de Timor. São utilizados em cerimonias de homenagem, festas e rituais religiosos, que celebram as mudanças das várias etapas da vida da pessoa: o nascimento, casamento, o enterro, no status social, e como troca de presentes entre os membros da Comunidade. Os Taís são uma herança cultural que identifica a família, a linhagem e o grupo étnico. Assumem um papel primordial na sobrevivência e identidade do grupo. É nas cerimonias que os homens vestem panos retangulares denominados “Taís Mane” (homem), compostos por dois ou mais panos costurados entre si, que colocam à volta da cintura, As mulheres vestem Taís feto (mulher) tecidos justos ao corpo, usados à volta da cintura ou atravessados na região do seio. Os Taís são fonte de renda, vendidos nas ruas ou no mercado dos Taís, são motivo de orgulho para o povo de Timor pela sua simbologia e tradição, pelo caráter econômico, como meio de sobrevivência.

O Taís, quando entregue a quem chega pela primeira vez em Timor, simboliza o acolhimento e a inserção da pessoa na família /sociedade Timorense.

Como podem ver as fotos, pertenço à Comunidade de Zumalai.

Ir. Delva Piedade de Oliveira, RSCM.