Presidente da CNBB pede que religiosos sejam testemunhas, profetas e missionários

ENTREVISTA COM DOM SÉRGIO DA ROCHA

A Igreja encerrou, oficialmente nesta terça, 02 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor e Dia Mundial da Vida Consagrada, o Ano dedicado aos consagrados. Projeto do Papa Francisco o Ano mobilizou religiosos do mundo inteiro, – os quais se somam mais de um milhão,- a celebrar e refletir sobre a sua vida e missão na Igreja e na sociedade.

FOTO1Em entrevista, o arcebispo fez um balanço do Ano e ressaltou que a arquidiocese aproveitou de vários momentos e atividades realizadas, como a jornada vocacional e a Semana Santa para valorizar a vocação à Vida Consagrada no Distrito Federal. “Na missa do Crisma, por exemplo, fizemos uma homenagem à todas as pessoas consagradas levando –as até o presbitério para serem homenageadas pela comunidade”. A jornada vocacional, também, priorizou o tema. De modo geral creio que foi uma oportunidade especial, privilegiada para revalorizar a Vida Religiosa e para expressar melhor gratidão e apoio as pessoas que abraçam este estilo de vida”.

Ao ser questionado sobre o que espera da Vida Consagrada da sua arquidiocese, o arcebispo destacou alguns elementos que a seu ver são fundamentais: Testemunho pessoal e comunitário; Presença missionária; O profetismo em tempos de novas tecnologias; A solidariedade com os pobres e excluídos.

O profetismo, garante, se dá através do serviço e da coragem de estar junto aos pobres, o que exige audácia e coragem. “Porque ninguém estará num lugar pobre, no meio dos pobres sem se sensibilizar, sem se solidarizar a ponto de denunciar o que é contrário ao Evangelho”.

“Essa dimensão profética da denúncia, conclui dom Sérgio, tem que existir mas não através da janela do carro ou simplesmente da janela da casa onde alguém vive como religioso. Ou se põe no meio do povo e coloca o pé na lama, como diz o Papa em outras palavras, ou o profetismo por mais que alguém quisesse vivenciá-lo, não seria aquele profetismo cristão, bíblico.