Parte 3 – Aproximando do plantio, cuidando da vida: sistematização da memória e novas pistas de ação – subequipe JPIC

Esta é a terceira e última publicação da partilha a respeito do mapeamento das ações realizadas na Área Brasil que vão ao encontro dos objetivos propostos na Encíclica Laudato Si’ – Papa Francisco.

OBJETIVO 6

I – Muitos textos inspiradores vêm sendo partilhados sobre os OBJETIVOS LAUDATO SI’, a partir do “texto matriz” – a Carta Encíclica do nosso querido Papa Francisco – Louvado Sejas – sobre o Cuidado da Casa Comum.

Dou aqui um breve exemplo de um desses textos, especificamente sobre o Objetivo 6 – Espiritualidade Ecológica: “Ações para celebrar o dom da criação e criar uma consciência ecológica mais profunda e conectada com os valores cristãos; desenvolvimento de catequese ecológica; retiros e programas de formação e orações na natureza”.

E foi a partir da simplicidade desse exemplo citado que comecei a “produzir” o nosso texto, navegando na nossa Espiritualidade RSCM… como que rastreando o que vou encontrando de PRECIOSO na nossa Tradição Espiritual… gerando em nosso “solo fértil” a nossa Espiritualidade Ecológica… nas pegadas de Gailhac, St. Jean, Pe. Martin… figuras significativas da nossa “viagem no Tempo-Kairós”.

Esta expressão Espiritualidade Ecológica talvez seja nova no nosso vocabulário. Mas, como Dom do Espírito, podemos reconhecê-la facilmente, como parte essencial da nossa vivência e reverência da Presença de Deus espalhada por toda parte! Nossas “Linhas de Formação para toda a Vida” – documento aprovado pelo nosso Conselho Geral em 2009 – é um exemplo disso:

“As maravilhas reveladas pelos estudos contemporâneos da ciência e cosmologia levantam novas compreensões de Deus e de nós mesmas. Aprendemos que a criação é um processo contínuo e nós somos parte  deste universo interdependente. Isto oferece-nos a alegria de aprofundar o Sagrado Mistério que chamamos Deus” (RSCM – CHAMADAS A SER RELIGIOSAS HOJE – Linhas de Formação para toda a Vida – Aprovadas pelo Conselho Geral em Novembro 2009).

Pouco a pouco… passo a passo… as “coisas de Deus” e as “coisas do mundo” vão sendo reconciliadas! E os nossos olhos vão se deixando ENCANTAR pelo Deus de Jesus Cristo, ENCARNADO e RECONHECIDO, dando origem em nós a essa Espiritualidade Ecológica, na qual o nosso Deus vai sendo reconhecido por nós! “Eis que faço NOVAS todas as coisas”!

II- A seguir, vamos juntos percorrer o caminho partilhado pelos nossos diferentes grupos da Área Brasil, na busca e na vivência de uma Espiritualidade Ecológica… atraídos e guiados pelo Deus que quer SER TUDO EM TODOS! RECONHECIDO, AMADO, PARTILHADO!

  • A nova Matriz Curricular de Ensino Religioso, amplamente estudada e debatida, e hoje já implementada, favorece o olhar sobre a criaturalidade, o que, por si só, aponta para o caminho de uma espiritualidade ecológica. Outro grande acerto foi ancorar essa matriz na filosofia-teologia de Franz Rosenzweig, segundo a qual é impossível pensar Deus desgarrado das relações interpessoais e das relações do ser humano com a natureza;
  • Incentivo ao nosso crescimento espiritual, incluindo essa nova mentalidade nos nossos momentos de Oração da Comunidade;
  • Prosseguir na utilização diária do nosso Calendário JPIC, que muito nos ajuda;
  • Catequistas da comunidade e que também participam do grupo de FA desempenham o trabalho de espiritualidade junto às crianças e aos adolescentes do bairro. Foi sugerido que elas possam trabalhar o tema ecologia em alguns dos encontros de catequese e quem sabe levar essas crianças para a área das nascentes, onde poderão ter a oportunidade de vivenciar as belezas da natureza que Deus deixou para nós, tomando consciência da importância da preservação do meio ambiente;
  • Trabalhamos, especialmente por meio do SOR (Serviço de Orientação Religiosa) e da Pastoral, a dimensão do cuidado, pensado em sua integralidade: comigo mesmo, com o outro, com a natureza, e com o Transcendente. Diversos momentos de espiritualidade também são realizados com os estudantes e os colaboradores, sempre entendida como uma espiritualidade que integra toda a Criação, com a qual devemos ter cuidado. Muitos desses momentos são realizados, inclusive, nas “áreas verdes” do Colégio, trazendo essa proximidade e integração;
  • Desenvolvemos e participamos de momentos reflexivos, partilhas e ações que defendem a relação de respeito e cuidado com a Casa Comum e todos que nela habitam, valorizando a diversidade e a cultura dos povos.

 

1- Projeto de leitura – A linguagem é marcada por forte originalidade. Alia a informalidade da linguagem coloquial à complexidade da linguagem poética. O tom é variado: ora sério (lírico ou dramático), ora cômico. Temas: Sentido oculto da existência, crescimento espiritual por meio de experiências amorosas, vida como aprendizado, sensibilidade extraordinária se manifestando pela loucura e pela ingenuidade infantil, vida como predestinação, limites entre bem e mal… Produção de pesquisa, vídeo, exposição com diferentes linguagens. 2- A ÁRVORE DA AMIZADE: Ao longo do ano, apresentaremos atividades com a intencionalidade de estimular o cuidado com os amigos e a importância de ter o outro em nossa vida. Faremos, junto com as crianças, a árvore da amizade, produzida com o recorte das mãos; após, os alunos deverão escolher um amigo da sala para desenhar no recorte. Por fim, a árvore ficará exposta na parede da sala. Ao término, faremos um momento de agradecimento, explicaremos às crianças sobre a importância de sermos gratos a Deus, o nosso criador, que criou a nós, a nossa família, os nossos amigos, a natureza, os alimentos, a água. Por fim, faremos um momento de oração, estimulando o protagonismos, solicitaremos que cada criança faça a sua oração. 3- TUDO FAZ PARTE DA NATUREZA: Após a oração inicial da tarde, apresentaremos essa música “Tudo faz parte da natureza”. Tudo faz parte da natureza e nós temos o dever de cuidar. Vamos preservar o nosso planeta, ele é a nossa casa, o nosso lar. Em seguida à música, questionaremos: A música falava sobre o quê? Como podemos preservar o nosso planeta? Depois dos questionamentos e das respostas, explicaremos às crianças que existem várias maneiras de cuidar da natureza, e algumas delas é não jogar lixo no chão, na praia, não maltratar os animais, não tirar as folhas das árvores, pisar nas plantas, porque estas atitudes inadequadas destroem a natureza.

III- Completando esta nossa reflexão, a partir da “colheita” farta que pudemos fazer do material recebido dos diferentes grupos que compõem a Área Brasil, registramos aqui as demandas que nos chegaram, como Subgrupo JPIC, no campo da Espiritualidade Ecológica:

  • Aprofundar o sentido da Espiritualidade Ecológica;
  • Apoiar economias circulares/priorizar o comércio de pequenos produtores;
  • Assinar as petições ligadas ao assunto;
  • Apoio às feiras agroecológicas e estímulo à economia solidária;
  • Adesão às campanhas de defesa do meio ambiente e de proteção a sistemas ecológicos e a grupos vulneráveis, como, por exemplo, o movimento que busca impedir a mineração na Serra do Curral; verificar o que pode ser feito em defesa dos grupos indígenas Yanomami, etc.;
  • Abertura a outros apelos que forem sendo percebidos na nossa realidade;
  • Espiritualidade Ecológica – aprofundar nisso;
  • Acompanhamento da Família Ampliada SCM – atenta a novas interpelações;
  • Ser multiplicador e apoiador do compromisso em defesa da Casa Comum;
  • Promover celebrações litúrgicas baseadas na criação, o desenvolvimento de catequese ecológica, retiros e programas de formação;
  • Sugere-se uma exposição de fotos e textos de momentos de reflexão e ações realizadas sobre os cuidados com a Casa Comum e como desenvolvem no dia a dia;
  • Pensarem em outra formação de espiritualidade para os colaboradores, fortalecendo, assim, nossa missão e carisma;
  • Mobilizem, fortaleçam e apoiem os movimentos e grupos que atuam em defesa da Casa Comum;
  • Interação e alinhamento com os objetivos a partir do carisma, para que todos tenham vida (formação, celebrações, videotestemunhos, etc.);
  • Dar cada vez mais ênfase à educação ecológica, não descansando até que todos os colaboradores estejam alinhados e em sintonia com aquilo que a Laudato Si propõe nesse sentido;
  • Atenção à formação dos alunos dentro dos objetivos da Laudato Si. Criar possibilidades de formação em todas as disciplinas, especialmente nas áreas social e religiosa. Continuar projetos como os Fóruns sociais e experiências dos alunos em áreas de situação de vulnerabilidade;
  • Promover campanhas de solidariedade junto aos estudantes e às famílias em favor dos grupos mais vulneráveis;
  • Fórum da ecologia, comitês (pais alunos e educadores);
  • Dar a conhecer aos membros da comunidade escolar as diversas ações realizadas em nível da Área em defesa da vida, como, por exemplo, a parceria das RSCM da Área Brasil com os Jesuítas, em prol dos refugiados venezuelanos;
  • Promover mais ações direcionadas ao cultivo de uma ecoespiritualidade (espiritualidade integrada à Casa Comum);
  • Sugiro realizarmos o projeto: “É hoje que eu começo”, fazendo alusão a uma das minhas frases preferidas do Padre Gailhac e colocando um objetivo comum que deve ser alcançado e comprovado pelas instituições de toda a Rede;
  • Releitura da espiritualidade gailhacciana à luz das intercessões dela com a Laudato Si’, a fim de que seus integrantes possam atuar como promotores dos objetivos preconizados por essa encíclica;
  • Estimular a participação em Conferências sobre a situação Climática, Comunidades originários (quilombolas, indígenas), Florestas, Meio Ambiente;
  • Criar o Facebook da Área para postar assuntos ligados à Laudato Si’;
  • Sugerimos que haja um trabalho forte de estímulo na implementação de tudo o que sugerimos, bem como dando retorno para quem realiza, para que as pessoas se sintam valorizadas e estimuladas a continuar o trabalho;
  • Publicar, no site do IRSCM, textos relacionados aos objetivos da Laudato Si’.

 

OBJETIVO 7

A) Começando a nossa reflexão sobre o segundo elemento do Objetivo 7 – EMPODERAMENTO DA COMUNIDADE – aproveito-me de uma sua singela definição: “Supõe o Envolvimento da Comunidade e sua Ação Participativa”. E esse processo é crucial para cuidar da criação nos níveis local, regional, nacional e internacional, desdobrando-se em AÇÕES para promover a defesa de direitos e o desenvolvimento de campanhas populares. O passo seguinte se dá com o envolvimento com os tomadores de decisão, o incentivo ao enraizamento e um sentimento de pertencimento às comunidades locais e aos ecossistemas vizinhos”.

Nessa dinâmica em processo, vai acontecendo o EMPODERAMENTO da Comunidade, o seu RECONHECIMENTO como Protagonista DO PRÓPRIO CRESCIMENTO.

Essa ação social coletiva acontece pela participação de debates que visam potencializar a conscientização sobre os direitos sociais e civis. Essa consciência possibilita a aquisição da emancipação individual e também da consciência coletiva necessária para a superação da dependência social e da dominação política.

B) Para definir o COMPORTAMENTO RESILIENTE, é preciso levar em conta dois fatores: CRISE E SUPERAÇÃO. Diante de uma situação crítica ou adversa, pessoas podem manifestar diversos tipos de comportamento. A PESSOA RESILIENTE É AQUELA QUE COMPREENDE O PROBLEMA QUE ESTÁ DIANTE DELA E MOBILIZA RECURSOS PARA SUPERÁ-LO.

Isso não significa que o indivíduo resiliente seja invulnerável ou blindado. Não se trata de sempre sair ileso de uma situação crítica, mas de DESENVOLVER A CAPACIDADE DE LIDAR COM A CRISE DE FORMA EFICIENTE E SAIR DELA FORTALECIDO.

C) Papa Francisco: SISTEMAS ALIMENTARES RESILIENTES para quem é vítima da fome:

Um amanhã que não descarte ninguém

O Papa pede à FAO e à Comunidade internacional, em geral, esforços necessários para “alcançar a autonomia alimentar, tanto por meio de novos modelos de desenvolvimento e consumo, quanto por meio de formas de organização comunitária que preservem os ecossistemas locais e a biodiversidade”. Enquanto “alguns semeiam tensões, confrontos e falsidades, nós, por outro lado, somos convidados a construir com paciência e determinação uma cultura de paz, que seja voltada para iniciativas que abracem todos os aspectos da vida humana e nos ajudem a rejeitar o vírus da indiferença”, afirma Francisco. Todos os gestos concretos ele os define necessários para estimular a “fraternidade”, com base na responsabilidade individual e coletiva. “Aproveitemos esta provação como uma ocasião para preparar o amanhã para todos, sem descartar ninguém”, conclui o Papa.

Para o Papa da Laudato Si’ e da Fratelli Tutti, a questão principal está em redesenhar “uma economia em escala humana, não apenas sujeita ao lucro, mas ancorada no bem comum, amiga da ética e respeitadora do meio ambiente”.

II- Revisitando nossos Caminhos Percorridos:

A seguir, vamos juntos percorrer o caminho compartilhado pelos nossos diferentes grupos da Área Brasil, tendo em vista o desejo de crescer na Resiliência e no Empoderamento do Ser Comunidade.

  • Durante a pandemia, criamos um canal de comunicação com os nossos estudantes, chamado “Refúgio”, um espaço que foi pensado na ótica da resiliência em tempos em que a saúde mental das pessoas se viu ameaçada;
  • Toda a comunidade se organiza, por meio de seus eventos, celebrações, projetos, no sentido de empoderar, na comunidade, sobretudo os que são minoria, os que se encontram ameaçados de alguma forma e os que precisam ganhar visibilidade. Assim, fizemos ações contra o bullying com o Projeto Liderança e as coordenadoras;
  • Cultivar a nossa dimensão de pertença à comunidade local e do ecossistema de vizinhança;
  • Precisamos crescer nisso!
  • Prosseguir no aprofundamento da Sinodalidade, que muito nos tem ajudado, “provocado”;
  • O empoderamento da comunidade acontece a partir da participação popular nos movimentos sociais, nas atividades das comunidades de base, etc. Sentimos falta do envolvimento e do interesse das pessoas nas campanhas populares, na busca por uma melhor qualidade de vida no território e fora dele. Mas não desistimos de sonhar e a esperança de viver em um mundo melhor é o que nos move;
  • O que fizemos concretamente na perspectiva do cuidado com a Casa Comum, à luz das provocações dos objetivos da Laudato Si’? O cuidado com o outro, o cuidado com nossas casas, o cuidado com o meio ambiente e o cuidado com nós mesmos;
  • Atividade com as crianças e os adolescentes sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, com um Projeto Ecológico; Reconstrução do Jardim da Emília com plantio de mudas de flores; Dia da Terra; Dia da Água com Dinâmica da Importância da Água; Oficina de Artes com reaproveitamento de materiais como palito de picolé, garrafas PET, papelão, etc., além das reflexões nos grupos de vivência e de espiritualidade com temáticas contemplando o calendário JPIC;
  • Temos o projeto “Pata na tampa”, que recolhe as tampas plásticas e as transforma em dinheiro para cuidar dos animais abandonados; o projeto Fábrica Escola de Sabão, que mobiliza toda a comunidade educativa para realizar o descarte correto do óleo de cozinha usado e a escola recebe esse óleo e o transforma em sabão e, brevemente, com a parceria da UnB, faremos velas também; o projeto “papa pilha”, que, como os demais, ensina o descarte correto dos materiais que podem poluir o meio ambiente;
  • Empreendemos diversas ações que visam promover o espírito de liderança entre os estudantes: por exemplo, o Projeto Liderança busca formar líderes/representantes de turma, no aspecto pedagógico, solidário e esportivo, com capacidade para a escuta, o discernimento e o protagonismo. Outra ação segue perspectiva similar: o Fórum Social. Neste, os estudantes do Colégio discutem temas atuais, pertinentes e necessários, com implicações tanto internas quanto na comunidade. Por essa ação, desenvolve-se o protagonismo, a criticidade e, assim, o empoderamento para transformar a comunidade. Outros momentos desenvolvidos ao longo do processo pedagógico buscam também fortalecer o protagonismo estudantil e ações que tenham repercussão para além do Colégio. Especialmente pelo fato de o JPIC (Justiça, Paz e Integridade da Criação) ser nosso principal iluminado, o cuidado com a Casa Comum perpassa todo o nosso processo pedagógico em todas as suas dimensões, no qual buscamos deixar clara a nossa relação interdependente com as outras criaturas e com o planeta e a intencionalidade desse cuidado tão necessário;
  • O Projeto Vida, por meio da oferta gratuita do Serviço de Convivência e fortalecimento de vínculos, busca contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, trabalhando em prol da garantia dos direitos dos cidadãos, fazendo-se cumprir a missão deixada por Padre Gailhac: “onde a vida está ameaçada é aí nosso lugar”. O Projeto Vida está sempre incentivando a redução, o reaproveitamento e a reciclagem. Para isso, busca realizar atividades com materiais reciclados, o que inclui a construção de jogos sociopedagógicos, construção de lembrancinhas para as datas comemorativas e a realização de atividades sociopedagógicas práticas. Realiza também com as famílias a arrecadação de garrafas PET para serem repassadas a vendedores de leite da comunidade. Para além dessas ações na unidade socioassistencial, adotamos os seguintes hábitos: – Separação dos lixos. – Redução de impressões e, quando necessário, são priorizadas as impressões em frente e verso, visando à economia de papel. – Parceria com a cooperativa de reciclagem da cidade “Ecolimpo”, para descarte de materiais recicláveis. Por meio de atividades sociopedagógicas, o Projeto Vida busca promover reflexões sobre a importância do cuidado com a Casa Comum, trabalhando temáticas que envolvem a importância da água, o uso sustentável dos recursos naturais, o reaproveitamento de alimentos e a diminuição do consumo. Visando à resiliência e ao empoderamento da comunidade, a unidade socioassistencial: – participou de ação da carreta da Defensoria Pública do DF e do Senac na Administração Regional e mobilizou várias famílias da instituição para participar do evento. – realização de ações na unidade para retirada e regularização do título eleitoral. – realização de oficina na unidade com grupo de meninas beneficiadas de 12 a 15 anos e ex-beneficiadas de 2021. – realização de parcerias com salões de beleza da comunidade para oferecer serviços de beleza, manicure e pedicure visando proporcionar um momento de autoestima e autocuidado para as mulheres das famílias dos atendidos;
  • Mobilização para arrecadação de óleo usado, destinado à produção de sabão pela CUFA – Central Única das Favelas;
  • Direcionamento do Lixo Reciclável produzido na unidade para catadores da comunidade;
  • Descarte sustentável do lixo orgânico produzido na unidade, direcionado para a alimentação de aves domésticas;
  • Adoção do uso de garrafinhas do tipo squeeze, adquiridas pela unidade por meio da parceria com o município, para a redução do uso de copos descartáveis;
  • Cultivo e doação de mudas de hortaliças e plantas ornamentais;
  • Celebração de parcerias para arrecadação e distribuição de doações diversas;
  • Execução de um serviço tipificado na Proteção Social Básica, buscando a proteção e a garantia de direitos das crianças e dos adolescentes;
  • Opção pela realização de compras para a unidade no comércio local;
  • Monitoramento do acesso e da permanência das crianças e dos adolescentes no sistema educacional;
  • Promoção de atividades fundamentadas à luz da pedagogia social e da educação popular voltadas à cidadania e aos direitos humanos;
  • Promoção de formações e capacitações com a equipe;
  • Celebração de datas reflexivas;
  • Mobilização e apoio a campanhas articuladas junto à rede de serviços socioassistenciais no território/município;
  • Desenvolvemos, na unidade, atividades e ações que estimulam a participação na vida pública do território e desenvolvem competências para a compreensão crítica da realidade social e do mundo contemporâneo para uma atuação consciente;
  • Fortalecemos a rede intersetorial por meio do desenvolvimento/participação de campanhas sociais e educativas;
  • Realizamos ações que favoreceram o desenvolvimento do sentimento de pertença;
  • Projeto de literatura – O projeto em questão auxilia na manutenção do processo de formação do leitor, na crítica social e histórica da época em que a Semana da Arte Moderna aconteceu, além de favorecer a compreensão de aspectos relativos à própria questão da arte moderna e sua influência na contemporaneidade. Também é possível olhar para a arte não só como um elemento utilitário, mas valorizar a sua dimensão estética, humanizadora, transformadora e mobilizadora, por meio das variadas linguagens artísticas que podem ser um instrumento para o desmascaramento da realidade e para uma leitura aprofundada da sociedade. Produto final: instalação de linha do tempo artística e literária – As linhas do tempo devem conter informações iniciais e um enigma, que fará o participante avançar na caminhada;
  • Mobilizamos o segmento com questões cotidianas, como a não utilização de materiais plásticos, vir de bicicleta, trazer o seu próprio almoço para que eles se alimentem melhor, comendo menos alimentos industrializados, utilizamos as plataformas de apoio pedagógico para a postagem de algumas atividades para utilizarmos menos papéis.

III- Completando a nossa reflexão: demandas ao Sub-Grupo JPIC

A partir da “colheita” farta que pudemos fazer do material recebido dos diferentes grupos que compõem a Área Brasil, registramos aqui as demandas que nos chegaram, no campo da Resiliência e do Empoderamento, e que se relacionam também com os outros objetivos:

    • Penso que a Área Brasil já está agindo em sintonia com vários desses objetivos (o que deve estar ficando claro à medida que as respostas para essa sondagem lhes cheguem às mãos…); o importante, a partir daí, é “não pararmos aonde a Graça nos conduziu”, buscando tecer em Rede novas ações, alimentadas, talvez, pela força dessa partilha. Assim, creio que essa partilha possa nutrir toda a Área, se colocada em comum, se publicizada;
    • Verificar a possibilidade da opção pela energia autossustentável, como a solar, para as unidades educacionais, socioassistenciais e comunidades religiosas;
    • Criar o Facebook da Área para postar assuntos ligados à Laudato Si;
    • Publicar, no site do IRSCM, textos relacionados aos objetivos da Laudato Si;
    • Sugerimos que haja um trabalho forte de estímulo na implementação de tudo o que sugerimos, bem como dar retorno para quem realiza, para que as pessoas se sintam valorizadas e estimuladas a continuar o trabalho;
    • Incentivar grupos ambientalistas: luta pela Terra, questões indígenas, áreas de preservações disputa pelas mineradoras;
    • Incentivo ao comprometimento pessoal e comunitário para com as causas socioambientais;
    • Divulgar as diversas iniciativas (obrigatórias ou espontâneas) que revelam cuidado para com a Casa Comum e para com a inclusão social. Exemplos: plantio de árvores pós-construção; Projeto PCD; Menor Aprendiz, dentre outros;
    • Formação na perspectiva dos objetivos da Laudato Si’ e criação de subsídios.

Subequipe do JPIC Laudato SI’ – Área Brasil